O governador da época era Carlos Wilson, que era o vice de Miguel Arraes, sendo que ele deixou o governo do estado pra se candidatar a deputado federal. Arraes havia sido eleito em 1986, e assumindo em 1987, completaria seu mandato em 1991. Lembrando que na época não era permitida a reeleição.
Os candidatos apoiados por Arraes e Wilson foram o ex-prefeito do Recife, Jarbas Vasconcelos (PMDB) ao governo do Estado, tendo Paulo Coelho como vice, e o ex-prefeito de Caruaru, José Queiroz como candidato ao Senado. Queiroz aceitou o desafiou de disputar contra Maciel, um nome já consagrado na política.
Na outra chapa, de oposição, mais à direita, o candidato a governador era Joaquim Francisco (PFL), tendo como vice um outro filho de Caruaru, Roberto Fontes, e o próprio Maciel como candidato ao Senado.
Apesar de ser candidato governista e de ter apoio de grandes nomes da redemocratização, Jarbas acabou derrotado para Joaquim, o que iniciaria inclusive seu afastamento político de Arraes. Jarbas creditou a sua derrota naquela eleição a um suposto "corpo mole" de Arraes, a quem ele queria como seu candidato ao Senado. Em 1992, Jarbas e Arraes romperiam relações, de modo que Jarbas se aliaria a partir de então com seus antigos adversários do PFL. Jarbas seria eleito governador em 1998, derrotando o próprio Arraes, que tentava a reeleição. As arestas entre Jarbas e o PSB só seriam superadas em 2012.
Quanto ao José Queiroz, muitos apostavam que a goleada de Maciel seria grande. Marco Maciel venceu a eleição, mas a diferença de votos foi pouca: Maciel teve 910.802 votos, enquanto José Queiroz teve 840.866 votos, uma diferença de 69.936 votos pró-Maciel. Se não venceu a eleição ao Senado, mas se credenciaria a partir de então como um dos grandes nomes da política estadual, sendo ainda posteriormente deputado estadual e prefeito de Caruaru outras três vezes.
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