Na realidade política atual há de se constar a falta que faz a articulação e a capacidade de diálogo do ex-governador Eduardo Campos, morto tragicamente em um acidente aéreo em 2014, durante a campanha presidencial daquele ano. Eduardo, neto do saudoso Miguel Arraes, fortaleceu o PSB, e conseguiu levar para seus quadros até mesmo pessoas que tinham horror á palavra "socialismo". Diz-se que em 2006, Eduardo venceu por comoção - Arraes tinha falecido em 2005 - , mas ele mostrou ter estrela própria na política e alcançou degraus que ninguém imaginava.
Em 2010, na disputa pela reeleição, conseguiu impor uma goleada de 82% a 14% em ninguém menos que Jarbas Vasconcelos (MDB), que tem uma história e um currículo digno de respeito. Mas dois anos depois, nas eleições municipais, conseguiu fazer Jarbas virar seu aliado, tanto que em 2014, Raul Henry, fiel escudeiro de Jarbas, foi o vice de Paulo Câmara, candidato de Eduardo.
Eduardo se preparava para um vôo ainda maior, quando tentou chegar à Presidência da República. Mas em agosto, sua vitoriosa carreira política foi interrompida em Santos, num trágico acidente aéreo.
Nos dias de hoje, em que a política virou um campo de guerra e troca de acusações e ofensas, faz falta a capacidade de articulação e de diálogo com direita, esquerda e centro que Eduardo Campos soube muito bem fazer.
Bolsonaro e PSL - Independente de se apoiar ou não o atual governo, é de se preocupar a crise entre o atual governo e seu partido, o PSL. Os filhos de Jair Bolsonaro, Eduardo e Flávio, foram destituídos por Luciano Bivar de diretórios do partido. A deputada Joice Hasselmann, por sua vez, perdeu a liderança do governo, sendo demitida pelo presidente. O Delegado Waldir pegou pesado contra o presidente, dizendo que pode "implodir". Aguardemos os próximos capítulos.
O Povo Pergunta - O PT ainda lançará candidato próprio em Caruaru?
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